É isto, nada além: um dia as pessoas morrem na gente. Pode ser um amigo que parece não se importar mais ou então aquele que telefona só quando quer ajuda, um amor que gastou todas as chances que tinha e nem toda dedicação do mundo comoveu, um primo de longe, qualquer um. Pode ser a criança que um dia morou dentro da gente, o sujeito que viajou pra longe sem dar adeus ou dizer que ia ou o visitante que chegou e nem ao menos um oi. Um dia as pessoas morrem na gente. Pode ser um dia qualquer, como hoje ou ontem ou a terça passada, um dia de agosto ou no meio do carnaval, um dia de formatura ou até no ano novo, um dia de vento sul ou calor dos infernos, de vestido curto ou jeans surrado, de boca nervosa ou falta de apetite, de cabelo desgrenhado ou os cachos no lugar. Um dia as pessoas simplesmente morrem na gente, e a gente esquece as tardes divertidas que passou no boteco, a esperança que alimenta quando ainda não viveu muito, a promessa de nunca esquecer; a gente esquece que um dia quis ficar junto pra sempre, que jurou um monte de coisas, que registrou em fotografias uma penca de momentos bonitos, que acreditou em tudo ou, exatamente como o Chico ensinou naquela canção, que ajeitou o nosso caminho pra encostar no caminho do outro. A gente faz força pra esquecer, porque sabe que precisa. A gente faz força pra esquecer, porque sabe que precisa. É isto, nada além: um dia as pessoas morrem na gente, embora continuem vivinhas da silva.
“Um dia as pessoas morrem na gente…”. Em alguns casos essa morte podia ser mais rápida. Esquecer faz a gente seguir em frente. Lembrar faz a gente ganhar peso…
Concordo plenamente!
Bom ver você por aqui 🙂
… É o meu caso! Rs…
Um ótimo texto!
Belo texto!
Sempre me lembro dessas palavras porque são infinitamente atuais. O tempo não esgota a mensagem.
Muito bom, muito bom! E é tão verdade, né? ❤
É, Fred querido. Pior é que é…
Lindo texto, Ana!
Um dia as pessoas morrem na gente… Há dias em que algumas pessoas nos deixam tão magoadas que a gente gostaria mesmo é de cometer um homicídio desses na gente. Ah, se fosse simples…
Pois é…
Ana, seu texto é lindo! Na verdade, seus textos me emocionam sempre. E me passam uma sensação de dejá vù todas as vezes que leio. Parece que ditei eles pra ti…rsrsrs
Acredito que certas pessoas não deveriam morrer…mas outras, demoram demais pra morrer dentro da gente! E quando morrem, deixam um alívio tão profundo, que como disse o Bermudes acima, ajudam até a emagrecer…rsrsrsrs…Obrigada por mais esse texto! É a lavada na alma que faltava para mim, para terminar de eliminar certa pessoa e enterrá-la de vez! =D
Muito sucesso!
Que bom saber, Taty. Obrigada.
E espero que funcione 🙂
beijo
[…] (“um dia as pessoas morrem na gente” é dessa dona das palavras bonitas) […]
E ainda não vi alguém expressar isso em palavras! Mas é bem verdade!
Seu texto faz aprender…
Demoramos a matar os que menos merecem viver em nós. Um dia passa. Geralmente, nos damos conta quando já acostumamos a usar o sapato apertado, até o dia em que percebemos o furo que aliviou o pisar.
Já matei tantas vezes e sigo matando, menos do que deveria, por auto-preservação. É doloroso, tanto o matar, quanto o perservar.
Coragem, Ana! Vida longa a quem nos merece e morte rápida, sem cerimônias fúnebres aos que nos roubam!
“um dia as pessoas morrem na gente..”, mas tem dias que outras renascem, e é bonito demais de viver.
Enquanto eu lia o texto fui lembrando quantas pessoas já morreram em mim e quais delas já voltaram a “nascer”.
Bonito.. muito bonito.
Beijo!
Obrigada, meninas.
[…] é o coração, fica mais um pouco, insiste mais um pouco, tenta mais um pouco ou o contrário, enterra história, encontro, amor e amigo dentro da gente (embora, para o resto do mundo, eles conti…), chora e segue? Até quando é possível recomeçar, de outro jeito, com outro espírito, ou […]
[…] claros que eu não conhecia, o menino que parecia cada vez mais indiferente ao outono passado [e nada melhor que o tempo pra sermos, de fato, indiferentes], o trio de preto da mesa da esquerda, o cara atrás do balcão e talvez até o garçom de nariz […]
Muito me emocionou o seu texto. E mais ainda, porque estou passando por esse momento “especial” de morte (um amor que se foi). É uma fase difícil e lenta de atravessar.
Amei de verdade. Meu abraço.
Obrigada, Carlos. E espero mesmo que esse momento passe logo… um abraço, espero vê-lo outras vezes por aqui
Parabéns!! Vc tem um dom maravilhoso, que é tocar nossa alma profundamente. Tb estou passando por esta fase, mas estou lutando para enterrar meus mortos e seguir em frente.
Adorei. Bjs
Obrigada, Rosana, e espero que você supere bem.
Muito lindo seu texto… e muito verdadeiro tbm, por mais que isso possa ser doloroso…tive amigos que morreram em mim e tem dias que lembrar disso dói demais!
Parabéns!
Confesso que ainda não aprendi a aceitar essa morte das pessoas em mim. Um dia consigo… eu acho…
[…] o mundo esteja um bocado diferente e os amigos às vezes não liguem nem se importem e então às vezes até morrem na gente. Disseram que você não muda, Roberto. Que continua cantando Jesus Cristo enquanto a novela das […]
[…] nas pessoas que um dia morrem na gente, mesmo que continuem vivinhas da Silva – um amigo que telefona só quando quer ajuda ou um amor […]
Fui totalmente tocado por seu texto e sensibilidade. Tenho vivido um luto com muita dor, que já dura quase um ano, mas eu sei que essa morte definitiva vem e ficarão apenas as lembranças boas, em breve, em muito breve!! “)
Espero que sim, Thiago. Obrigada, fico feliz que tenha gostado do texto.
Belo texto, Ana Laura! Fazia tempo que não acessava o seu blog e por sorte, hoje, uma amiga compartilhou este post no facebook. Adorei! Abraço carinhoso
Obrigada, Geraldo. Que bom! Abração.
Republicou isso em veraluciabezerra.
Republicou isso em Edy Klévia.
Passou aqui um filme com pessoas e pessoas que foram/estão apagadas. Algumas pelo tempo, outras oela distância e outras pelo distanciamento. É triste e lindo ao mesmo tempo. Valeu!
Perfeito.
Tudo que eu precisa dizer hoje ao mundo, mas n sabia como.
Poeticamente bonito para um luto!
ana! vc escreveu palavras que estão entaladas,na garganta e no pensamento de muita gente
parabens
…depois de alguns poucos meses, 15 meses talvez, findo um casamento de 22 anos, alisando o lençol, olhei para meu dedo anular e então percebi como já estava liberta, porque pensei:…hoje, eu olhei pro meu dedo vazio e lembrei de vc…Qualquer parte da gente que a gente pensa que morre, porque: uma pessoa, uma situação ou qualquer coisa muda, na verdade tira-nos de uma zona de conforto. É legal quando a primavera chega…
Amei o texto… tanta gente já morreu dentro de mim!!!!!
Penso que as pessoas “morrem” porque a vida tem sua dinâmica, os interesses mudam, novos parceiros são incorporados mais de acordo com o que se está vivendo no momento. Mas fica uma coisa gostosa, um carinho, uma ternura, um querer bem. E pronto. Vida que segue.
Adorei seu jeito de escrever!
Um beijo e sucesso!
Que texto bonito!
boa noite ANA.
muito bacana sua postagem,curti muito.
ultimamente tenho passado por fato MUITO semelhante,
tenho uma ex namorada q tambem é CADEIRANTE e adoravaa sair,estar com ela.mas ultimamente tenho notado q ela só tem me usado,q ela nao deseja de fato minha presença,ao contrario de mim,quer q saia com ela pra ter com quem sair,maas depois parece q so estou ali por estar.
ainda ha amo muito mas ja estou cansando disso.
Obrigada pelo texto. Bom saber que não somos os únicos que vivem com “um cemitério na cabeça”…
Nossa, tudo que sempre quis dizer!! Um dia as pessoas morrem na gente! As vezes nem gostaríamos que isso acontecesse, mas acaba acontecendo. Principalmente quando se trata daquelas pessoas cujos laços são de sangue, a distância, os acontecimentos acabam afastando e aos poucos matando toda essa gente em nós. Mesmo que não seja o que se quer, mas morrem, ou adormecem! Eu adorei o seu texto, parabéns!
Que coisa mais linda… Nunca tinha vindo aqui e adorei. Grata por expressar o que tantas de nós sente pela vida. Abraços
Sim, Ana. “Um dia as pessoas morrem na gente”. Exatamentee, nesse dia, descemos aos nossos porões pessoais e encontramos coisas que jamais percebíamos que estavam ali. Nesse instante, sepultamos coisas sofridas, para que “noutro dia, outras pessoas nasçam na gente”.
Lindo texto, boa reflexão, pois às vezes somos nós que morremos no outro…
Gostei muito do que escreveu e, é verdade, as pessoas morrem dentro da gente, mas como é difícil enterrar ou cremar…
Oi Ana
Muito bom o seu texto. Tocante. Apenas que, existem pessoas que não morrem jamais.
Bjs
Bom dia Ana Laura….q texto lindo, ao mesmo tempo tão triste! Aii, gostei muito! Principalmente desta parte ” um amor que gastou todas as chances que tinha e nem toda dedicação do mundo comoveu,” . O negócio é seguir em frente, né? Usarei como status do whatsapp! Maravilha!!!!
as vezes morre, mas as vezes precisamos matar.. e é tão dificil.
Olá Ana, belíssimo texto. Descreve um pouco momento em que vivi no final de 2015… Lamentável como uma pessoa amiga pode surgir e desaparecer das nossas vidas… Um abraço cordial! Bom te conhecer.
‘Um dia as pessoas morrem na gente”…o título é de um conteúdo empírico tocante. Parabéns!.
Gera reflexão.
Ei Ana maravilhoso seu texto.Parabéns!!!!
Belo texto! Também escrevo, na minha visão boas leituras precisam ser fáceis e profundas, que falam na alma e da alma! Estou vivendo este momento e mortes internas de alguns personagens da vida!
Parece ser um processo natural. Lamentavelmente, mas é bom tb porque as coisas se renovam. Adorei sua cronica.
Levei a sério a leitura. De fato, temos que compartilhar pensamentos como esse. É verdade, um dia as pessoas morrem na gente.
Simplesmente maravilhoso teu texto…este sentimento de morte dentro da gente faz parte do movimento de evolução de todos nós…quando estas pessoas morrem dentro da gente é porque a energia mudou…comparo sempre com o tempo de escola…mudamos de série…mudamos de escola…mudamos a nossa forma de pensar…passamos de ano…evoluímos…e para evoluir é preciso que que pessoas saiam para outras entrarem…é preciso morrer para renascer…é preciso podar para brotar…
Sentimos esta morte sim…sentimos porque estas pessoas que entraram nas nossas vidas e morreram dentro de nós eram importantes… sim importantes…mas importantes naquele momento…naquele entorno…naquele contexto… hoje tudo isso é memória e o que realmente tem importância é quem faz parte deste momento…deste entorno…deste contexto que estamos vivendo agora…
Um grande abraço
Adorei o texto , a vida é engraçada e realmente conseguiste explicar que nos seres humano cansamos de fazer aos outros e as atitudes das pessoas vão deixando mágoas e estás mágoas nos tornam num vazio .
Está vazio é a morte que a outra pessoa deixa em nosso coração e para continuarmos vivendo devemos enterrar tudo que nos faz mau.
[…] Fonte: um dia as pessoas morrem na gente […]
Amizades de “mão-única” tem esse fim. Quando o cultivo cessa, a morte é inevitável.
Pois é! Falou tudo neste texto triste, porém sincero, importante e extremamente necessário. Amizade não é via única. Amigo que é amigo, não fica só ‘falando’: Vamos tomar aquele cafezinho qualquer hora…’ ou ‘Você está sumido, heim?’. Amigo que é amigo toma o café e aparece sempre, mesmo que por telefone! Agradeço por nos presentear com essa reflexão no dia de hoje. Beijos
Vontade gigante de ler esse texto em voz alta em todos os lugares, pras pessoas entenderem isso.
Carrego um Cemitério
Mas sou feliz não morri junto
Uffffa ….um sufoco mesmo esse LUTO !!!! Mas, felizmente PASSA …. como tudo na vida .
que lindo adorei
Obrigada 🙂
Na verdade a vida è dificil de ser vivida.Todos temos sonhos e sabemos que a maioria deles não se realizam,por esta razão precisamos estar preparados para seguir enfrente,superando as dificuldades que atrazam nossa vida.Abaixo o LUTO e felicitações cada vez que se supera uma lembrança pertubadora. Um abraço a todos
E tem muita gente que morre dentro delas mesmas.
Boa tarde Ana, acabei de ler o seu texto postado por um amigo e não resisti a curiosidade de conhecer mais pérolas suas. Que inspiração maravilhosa! Você conseguiu traduzir em palavras sentimentos profundos e lacerantes com uma leveza e doçura a perda de pessoas que saem rasgando a nossa alma quando se vão. Ao ler “Um dia as pessoas morrem na gente” me senti livre do sentimento de que eu estava “matando a afetividade” que tinha por algumas pessoas em mim sendo que elas que estavam morrendo. Um forte abraço!
Obrigada, Rita. Fico feliz que tenha gostado!
Essa é a realidade, texto fantástico!!!.
Obrigada!
[…] Gente do mal transforma o riso em pontas cobertas de poeira e ferrugem, detona o equilíbrio que vai dentro, bloqueia a energia que corre nas veias. Gente do mal é capaz de jogar projetos, anseios e desejos de uma vida inteira num buraco escuro e fundo. Gente do mal não leva em conta a dedicação, despreza o esforço e tem pouquíssima consideração com o trabalho e a história da gente. Gente do mal finge que se importa, mas ai ai ai. Gente do mal um dia morre na gente. […]