De madrugada, numa destas insônias, lembrei do filme da Miranda July, aquele que alguém disse que é [e acho que é mesmo] um filme de almas solitárias em busca de contato com o mundo, palavras soltas sem mensagem aparente, diálogos que não estabelecem encontros, comunicação cheia de ruídos e interferências, um filme que talvez seja como a própria vida. Um peixe laranja e sua morte anunciada, uma queimadura na mão com ares de ritual, um encontro embaraçoso num banco de praça, a mulher que, tão logo se separa, volta a usar a camisola detestada pelo ex-marido [estes pequenos escapes que a gente comete..], a comparação de uma caminhada pela calçada a uma vida inteira de amor… qualquer coisa serve pra reforçar a aparente tese de que tem algo fantástico até nos fatos mais banais. E vai ter tem mesmo.
Do enrredo desse filme eu entendo bem. Na pele e no peito.
é, menina… ainda bem que temos o nosso muso pra ouvir em dias assim, né?
um beijo, obrigada pela visita
[…] da origem da matéria ao início da vida, da evolução das espécies à sobrevivência diária minha, sua e de todos nós. Ressalta que tem certeza de que a Física precisa de simetrias e deve continuar a usá-las em suas […]