Um dia descobri que a palavra ingênuo vem do latim e designa, antes de mais nada, aquele que nasceu sem servidão ou escravidão. Sem apego. Talvez por isso algumas ingenuidades me comovam tanto, como as dos que são livres dos preconceitos que nos fazem ver mais do que há, livres dos desafetos que envenenam o corpo e o resto, livres do excesso de razão que atrapalha a visão e os outros sentidos, livres como no poema, livres.
“Liberdade
Palavra que o sonho humano alimenta
Que não há ninguém que explique
Nem ninguém que não entenda”
(Cecília Meireles)